Envelhecimento e nutrição
A relação baixa fecundidade/ baixa mortalidade faz com que ocorra o envelhecimento da população.
A população de idosos vem crescendo em todos os países, e de forma mais abrupta ainda nos países de terceiro mundo.
O aumento da expectativa de vida envolve o desenvolvimento sócio econômico com concomitante melhoria do saneamento básico, alimentação, educação e atenção á saúde.
Nos países desenvolvidos tais condições foram gradativamente estabelecidas no passado, enquanto nos países em desenvolvimento tais modificações se iniciaram a partir dos anos 50, estando agora em franca evolução. Em 1960, o Brasil ocupava o 16* lugar entre os países com a maior população geriátrica, em 2025 a expectativa é de que será o sexto do ranking.
Esse envelhecimento populacional gera interesse para as peculiaridades clinicas dessa faixa etária, bem como para suas necessidades nos aspectos sociais e econômicos.
Desde as mais antigas civilizações, o homem busca o prolongamento da sua existência ou pelo menos retardar os efeitos do envelhecimento, surgindo assim poções infalíveis que apareceram e desapareceram, seja pela falta de sustentação ou pela ineficiência comprovada ao longo do tempo.
Existem idosos saudáveis, desportistas, lúcidos, integrados à sociedade e, por outro lado, há os cronicamente doentes, debilitados, inativos, dependentes e alienados do mundo em que vivem. Provavelmente, a maior contribuição para as diferenças tenha base genética, todavia, muitas alterações que ocorrem com o envelhecimento guardam estreita relação com a nutrição, especulando-se inclusive sobre a sua influência no processo degenerativo e o seu papel no envelhecimento.
Outro enfoque da nutrição diz respeito ás necessidades nutricionais dos idosos, uma vez que as pessoas dessa faixa etária apresentam particularidades, elas são mais propensas às doenças crônico debilitantes e aos surtos de agudização, o que aumenta o risco de deficiências nutricionais.
A desnutrição, por sua vez, está associada a muitas doenças que frequentemente acometem os idosos, acentuando a debilidade geral e concorrendo para a piora do prognóstico. Dessa forma, o envolvimento dos aspectos nutricionais com o envelhecimento compreende desde a sua provável participação neste processo de envelhecimento até a possível ação no retardo das disfunções e alterações degenerativas.
É de interesse, também, a oferta dietética ideal para que o idoso mantenha um bom estado nutricional visando a manutenção da saúde e à prevenção das doenças.
Para que se possa compreender o que ocorre com o idoso, é necessário saber que, com o passar do tempo, o organismo apresenta uma série de modificações anatômicas e funcionais, relevantes aos aspectos nutricionais. A mudança na composição corporal, às funções orgânicas decaem como um todo, o sistema renal e o fluxo plasmático fica reduzido à metade e o olfato, paladar e a visão diminuem influenciando negativamente a ingestão de alimentos.
Beijokas e até a próxima
Juliana M. Fleck
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